Classificações de despesas são instrumentos básicos do Sistema Estatístico Nacional para a construção dos Sistemas de Contas Nacionais, dos Sistemas de Índices de Preços ao Consumidor e realização das Pesquisas de Orçamentos Familiares.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares-POF e o Sistema Nacional de Índices de Preços-SNIPC, do IBGE, utilizam classificações próprias de despesas de consumo de acordo com a função, ainda não harmonizadas com a Classificação de Consumo Individual por Função - COICOP - 1998, das Nações Unidas.
Em 1979, quando foi iniciada a produção de índices de preços no IBGE, foi definida uma classificação própria de despesas de consumo por função, que teve como referência a ampla lista de produtos utilizada no Estudo Nacional de Despesas Familiares-ENDEF, realizado em 1974.
A última revisão da classificação de despesas do IBGE, realizada com base nos resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, 2002-2003, levou em conta a necessidade de maior comparabilidade com a Classificação de Consumo Individual por Função-COICOP proposta pelas Nações Unidas.
O IBGE participou do processo de harmonização de Índices de Preços ao Consumidor - IPC, promovido pelo Grupo de Trabalho dos Países do Mercosul e do Chile, com orientação técnica da União Européia e da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe - CEPAL. Um dos principais objetivos desse trabalho foi a divulgação de índices de preços ao consumidor de cada país, com resultados do período de 1999 a 2004, adotando-se a Classificação de Consumo Individual por Finalidades pelos países do Mercosul. O IBGE está desenvolvendo estudos voltados para a harmonização das classificações nacionais com a COICOP, já estando disponível uma tabela de correspondência entre a COICOP e a classificação utilizada pelo SINPC.
O IBGE é o responsável pela gestão e manutenção das classificações de despesas de acordo com a função utilizadas em suas pesquisas.